“Pode fazer sexo em hospedagens do Airbnb?” A pergunta virou polêmica no Twitter nesta quarta-feira (14) após circularem alguns áudios de uma suposta discussão entre um inquilino e uma anfitriã do aplicativo. No áudio, a dona do imóvel reclama porque o usuário teve relações sexuais na casa alugada para seu aniversário. Em resposta, ele diz que faltou clareza da parte da anfitriã, e que ela deveria ter especificado a proibição no título do anúncio. À GQ Brasil, o Airbnb comentou que “está apurando o possível caso mencionado pela reportagem, destacou que possui regras e Termos de Serviço e que anfitriões ou hóspedes que desrespeitem as políticas de uso estão sujeitos às medidas cabíveis.”

A reportagem não encontrou nas políticas de uso regras específicas sobre sexo durante estadias, mas há um direcionamento no caso das “experiências do Airbnb” (atividades online que anfitriões e hóspedes fazem juntos). De acordo com o documento, “experiências com conteúdo sexual ou nudez devem exigir idade mínima de 18 anos, divulgar a presença de nudez e ocorrer em um local público (não em uma residência privada). Os anfitriões também devem informar os requisitos de conduta para anfitriões e hóspedes durante a experiência e especificar como os hóspedes podem sair da atividade caso se sintam desconfortáveis”.

Para as acomodações, vale o mesmo senso comum de hotéis: não é a finalidade principal, mas acontece. E a maioria dos anfitriões já está acostumado com isso. O portal House Method conduziu uma pesquisa com 1.000 locatários e constatou que 53.9% deles já transaram em uma acomodação – além do quarto, os principais escolhidos são chuveiro (27,9%) e sofá (22,5%). Há vários jovens que preferem alugar um apartamento no app em vez de ir a um motel, por exemplo. Os relatos viraram debate no Reddit e no Quora, e há até quem tenha tido relações sexuais consensuais entre hóspedes/anfitriões

Airbnb não é motel

A principal diferença do Airbnb para um hotel ou motel é que, normalmente, você aluga uma casa que está temporariamente desocupada, o que significa que o anfitrião ainda mora ali em boa parte do tempo. A cama em que você está dormindo? É deles. O sofá? Também. Então é natural que alguns dos proprietários de imóveis fiquem desconfortáveis se você decidir transar na pia do banheiro em que eles vão escovar os dentes na próxima semana. Há quem crie estratégias para desencorajar a prática, seja ao cobrar um pouco mais para receber casais ou não alugar o local por períodos inferiores a 3 dias.

Vale sempre ficar atento às regras da acomodação que você está alugando – não só por isso, mas porque há casas que não aceitam crianças, animais ou não permitem que o hóspede dê festas. Aliás, no caso do Felipe, o maior problema não seria nem “transar ou não”. O rapaz teria decidido pular logo para um churrasco comemorativo com diversos, digamos, convidados, o que é categorizado pela plataforma como uma “festa sexual”. E desde o ano passado o Airbnb proibe festas de qualquer natureza em suas acomodações devido à pandemia de Covid-19.

Pode ou não pode?

Se você quiser transar no Airbnb e estiver tudo bem para o proprietário, ainda assim vale ter bom senso. Como regra principal, não faça com a casa do outro o que você não gostaria que fizessem na sua. Mantenha as coisas calmas e não quebre nenhum móvel ou objeto pessoal. Além de ser chato para as duas partes, você será cobrado por isso. Prefira ficar na cama ou, no máximo, no quarto. Se quiser ir para outros lugares, como o sofá, tente cobrir a superfície com algum tecido que possa ser lavado depois.

 

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